IRMANDADES DE SANTOS PRETOS NO JULGADO DE NATIVIDADE – ANTIGO NORTE DE GOIÁS DOS SÉCULOS XVIII E XIX: CONVIVER, ORAR, RESISTIR...
DOI:
https://doi.org/10.56856/remap.v3i1.414Palavras-chave:
Julgado de Natividade, Irmandades de santos pretos, estratégias de resistência, africanos e forros.Resumo
Nos séculos XVII e XVIII, o sertão do norte da capitania de Goiás, atual Estado do Tocantins, foi devassado por sertanistas, missionários e criadores de gado vindos da atual região Nordeste, especialmente do sul de Pernambuco, Bahia e Piauí e, por fim, pelas levas de aventureiros em busca de descobrirem minas auríferas. As minas de Natividade foram encontradas e exploradas a partir de 1734, pela expedição do bandeirante Antônio Ferraz de Araújo. Natividade, teve no período colonial 5 templos religiosos, ligados às irmandades: Nossa Senhora da Natividade, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Nossa Senhora do Terço, São Benedito e a capela rural de Nosso Senhor do Bomfim. A presente pesquisa busca descortinar a presença das irmandades de santos pretos no julgado de Natividade, tais como Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito, e as estratégias utilizadas pelos escravos e forros dentro destas confrarias. Através da pesquisa bibliográfica e documental em inventários e testamentos do recorte entre 1797-1850, percebeu-se a importância destes espaços na construção da identidade dos povos africanos e seus descendentes nas minas brasileiras do antigo norte de Goiás.
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